Le chalet – Uma reunião de amigos de infância em um chalé remoto nos Alpes franceses logo se transforma em uma luta desesperada pela sobrevivência, pois eles são isolados do resto do mundo e um segredo sombrio chocante das superfícies do passado.
Para quem não está acostumado com produções francesas (que já foi a mais prestigiada do mundo), Le Chalet é uma boa minissérie para conhecer algumas características sempre presentes em filmes franceses, que aqui também se fazem presente. Estou falando de um roteiro amarrado, uma montagem calma, e principalmente uma trilha musical onipresente que carrega todos os sentimentos do espectador em um único acorde. Além de amarrada, a história é bem interessante por fazer críticas ao o poder das influências familiares sobre seus filhos, a ambição e egoísmo das pessoas, e a famosa justiça com as próprias mãos.
Um grupo de amigos de infância/adolescência resolvem se reencontrar na cidade onde cresceram, e vão passar as férias em um chalé remoto nos Alpes franceses. Após um acidente envolvendo a ponte da cidade, eles se vêem presos na cidade e começam a suspeitar que são alvos de uma armadilha fatal. Logo suas teorias se confirmam quando segredos do passado são revelados. Na minissérie, que se passa em duas épocas distintas (com diferença de 20 anos), cada personagem esconde algo do outro, o que vai apimentando o enredo com pequenas dúvidas e teorias plantadas na cabeça do espectador, teorias essas muito bem finalizadas em apenas 6 episódios.
Alguns personagens secundários acabam não sendo tão explorados (visto o tempo e o número de episódios), mas todos se fazem importante para a construção de uma narrativa sobre famílias, ganância, relacionamentos e vingança. O que chama a atenção do público é a belíssima maquiagem da minissérie, que consegue de maneira inigualável caracterizar os personagens com uma diferença de 20 anos (boa parte interpretada pelos mesmos atores), seja pelos cabelos brancos ou através do envelhecimento facial.