Desaparecido Para Sempre – Há dez anos, Guillaume (Finnegan Oldfield) perdeu as duas pessoas que mais amava. Depois de passar por muitas dificuldades, conheceu Judith (Nailia Harzoune) que devolveu o brilho à sua vida.
No entanto, quando Judith desaparece sem deixar vestígios, seu mundo desaba novamente. Agora Guillaume precisa enfrentar questões do passado para não perder tudo o que restou.
O “sequestro” de autores e showrunners promovido em massa pela Netflix encontrou no escritor Harlan Coben uma espécie de terreno seguro. Todas as 14 obras do autor já são parte do acervo de possibilidades da plataforma e Desaparecido Para Sempre é o quinto título adaptado. Junto com cada adaptação, uma pequena volta ao mundo: Não Fale com Estranhos foi produzida na Inglaterra, O Inocente na Espanha, Safe foi parar de novo na Inglaterra e Silêncio na Floresta foi conduzido na Polônia. Agora chegou a vez da França e toda a ação de Desaparecido Para Sempre foi transferida para Nice, uma bela cidade litorânea que em nada se entende com as propostas sombrias da trama.
A mudança de cenário não foi a única licença da obra original e nem a mais drástica. O DNA da literatura misteriosa de Harlan ainda está presente na maneira caótica com a qual a história se desenvolve, mas é inegável que em se tratando de narrativas fragmentadas, a ótica da direção pode fazer toda diferença na maneira como a atmosfera é transmitida para o público. No caso de Desaparecido para Sempre, o diretor Juan Carlos Medina optou por uma espécie de frenesi editorial, repartindo toda a história em pequenos pedaços, muitas vezes desconexos e fora de contexto, afetando imensamente a forma como David Elkaim e Vincent Poymiro planejaram estabelecer cinco focos, em cinco personagens, durante os únicos 5 episódios.