Young Royals – Wilhelm (Edvin Ryding) é um jovem príncipe sueco que está se adaptando ao seu novo colégio interno de elite, chamado Hillerska. Porém, seguir o seu coração pode ser mais arriscado e desafiador do que ele imaginava. Agora ele precisará lidar com novos romances, amizades e polêmicas.
Uma primeira possibilidade de leitura diante de Young Royals (2021) seria destacá-la pela singularidade: trata-se de um raro projeto sobre a realeza contemporânea protagonizada por dois garotos gays. Neste caso, a homossexualidade adolescente vai além dos amigos dos heróis heterossexuais (caso de Sex Education, Bridgerton, Eu Nunca, The Wilds: Vidas Selvagens), surgindo em primeiro plano. A série aborda o amor dos estudantes sem medo de revelar o desejo, os beijos e o sexo. A orientação sexual, neste caso, é incorporada com relativa naturalidade: Simon (Omar Rudberg), jovem gay e assumido, não surpreende ninguém dentro da escola, acostumada a lidar com pessoas LGBTQIA+. O escândalo diz mais respeito à classe e à passagem do poder do que ao amor do príncipe herdeiro Wilhelm (Edving Ryding) pelo colega: como a Corte lidaria com um relacionamento entre dois homens? De que maneira eles poderiam ter um herdeiro, necessário à linhagem real? O dilema se volta à manutenção dos privilégios. Por estes fatos apenas, seria fácil considerar o projeto inovador, maduro em sua relação à pluralidade social. A crítica poderia parar por aqui.