The Underground Railroad – Cora é uma jovem escrava em uma jornada comovente e cheia de história pela liberdade, enquanto é perseguida por um perigoso caçador de escravos, Ridgeway. Em sua árdua jornada de crescimento e perseverança, Cora encontra uma misteriosa ferrovia subterrânea e as verdades atemporais sobre o que significa ser negro na América.
The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade é um livro fantástico. Vencedor do Pulitzer, a maior honraria literária, a publicação é instigante, envolvente e possui uma leitura fluida. Fazer uma adaptação de uma obra tão aclamada é sempre uma tarefa difícil, pois as comparações são inevitáveis.
É uma grande sorte ter Barry Jenkins à frente dessa produção, pois ele é extremamente talentoso e se cerca de ótimos profissionais. Sua série possui uma beleza estonteante e consegue traduzir muito bem a história principal do livro para a tela.
Todos os acontecimentos-chave do livro estão ali. Desde a fazenda Randall, quando conhecemos Cora, até o grande desfecho no décimo capítulo. A personagem principal mantém a mesma personalidade criada no livro: ingênua, mas forte e destemida. Cora luta o tempo todo por sua vida e é considerada especial por ter superado cada percalço de sua jornada na ferrovia.
O que mais chama atenção na adaptação de Barry Jenkins é a beleza da série. Com nível de produção de cinema, a qualidade da obra é perceptível desde o primeiro trailer. Enquadramentos que remetem a elementos angelicais, como quando uma luz brilha por trás de Mabel (Sheila Atim) ao dar luz a Cora. A luz no fim do túnel representada pela chegada do trem na estação. A tristeza e a solidão nas paisagens cinzentas do Tennessee durante a grande epidemia de febre amarela.