Sozinha – Abandonadas pela mãe, as pequenas Ying, Zhen e Fen vivem sozinhas em uma região pobre da China. O pai das meninas trabalha a alguns quilômetros de distância da cidade, deixando-as sozinha durante o dia. Sem as figuras paternas por perto, elas não vão à escola e passam o dia trabalhando no campo, ou passeando no vilarejo. Sentindo a necessidade da figura materna, Ying, a irmã mais velha de 10 anos, passa a assumir o papel de mãe e cuidar de suas irmãs. Preocupado com o futuro de suas filhas, o pai decide separar as meninas levando as mais novas para a cidade e Ying para a casa do avô.
A direção dele é tão sólida que cria momentos realmente tensos e angustiantes (de ficar na ponta do sofá), e as cenas ao ação ao ar livre tem tanta naturalidade, graças a fotografia que ajuda o suspense a funcionar bem. Além disso o roteiro é tão bem arquitetado, que o filme se torna envolvente a medida que ele vai avançando. E personagens aqui acabam saindo da zona superficial, e ganham uma trama mais sólida.
A medida que o filme passa descobrimos mais sobre o passado de Jessica e sobre a tal perda do marido que mexeu muito com ela. A Jules Willcox consegue segurar todas as cenas com uma performance cativante e complexa. Já o Marc Menchaca interpreta um vilão muito detestável, que tem uma cara de homem comum, mas seu sorriso exala maldade.
Alone é um thriller instigante e envolvente, que tem boas performances, e mesmo que não seja um filme original, as performances dos dois protagonistas seguram esse longa durante sua 1h30, e o clímax dele é satisfatório.