Nova Ordem Espacial- Situado em 2092, Nova Ordem Espacial acompanha a nave “The Victory”, formada por quatro viajantes especializados em coletar lixo intergaláctico. Em uma de suas expedições, eles encontram uma humanoide chamada Dorothy, conhecida por seu grande potencial de destruição.
É difícil vermos bons filmes de ficção científica espacial e ação fora dos limites das grandes produções estadunidenses. Geralmente ficamos reféns do lançamento de grandes blockbusters que possam entreter e nos fazer refletir, como tem sido os filmes da Marvel, por exemplo. Ainda que não seja perfeito, Nova Ordem Espacial é um ótimo entretenimento, com personagens cativantes, ação bem dirigida e um roteiro com muitos acontecimentos, para ninguém ficar com sono (embora isso possa ser inevitável às vezes).
No elenco, uma diversidade étnica incrível, que transborda também para a direção de arte, Nova Ordem Espacial é um futuro mais crível: no espaço não há países e, lá, pessoas de diferentes culturas acabam sendo obrigadas a conviver como parte da natureza do seu trabalho. Em contrapartida, o lado vilanesco oferece reflexões ainda mais profundas. O filme ainda toca em questões de gênero a partir de um universo que, pelo menos eu, não havia visto até hoje: a natureza trans no corpo de um robô — já parou para pensar que, se não houver algum código muito explícito que indique o contrário, sempre pressupomos que os robôs são do gênero masculino?