Espiral – O Legado de Jogos Mortais – Marcus (Samuel L. Jackson) é um veterano que comanda a polícia local. Responsável por organizar as investigações, ele dá ordens clara para o detetive Ezekiel (Chris Rock) se unir ao novato Willem (Max Minghella) para uma missão imprevisível.
Eles ficam encarregados de investigar uma série de assassinatos que estão aterrorizando a cidade. Mas, durante a busca por respostas, Ezekiel acaba caindo no cruel jogo do assassino, precisando lutar pela própria vida.
Se ‘Jogos Mortais‘ já fez sucesso, isso foi há muito tempo. O filme original de 2004, que ficou popular pelas mortes brutais e as “armadilhas” do assassino Jigsaw, conquistou a bilheteria na época, mas – como praticamente qualquer franquia de horror trash – foi desgastada ao longo do tempo. Oito filmes em 13 anos e sem arriscar em mudanças significativas levaram a Lionsgate Films a “finalizar a saga” por duas vezes: uma em 2010 e outra em 2017. No entanto, em uma época na qual “grandes retornos” podem vir a ser um filão, a produtora resolveu arriscar mais uma vez com uma nova história deste universo. E, olha, deu certo…
Parece arriscado dizer que o novo filme é o melhor da franquia justamente por não ser uma típica produção de terror comum, com mortes brutais, sustos, vilões icônicos deformados e “mocinhas em perigo”. No caso de ‘Espiral – O Legado de Jogos Mortais’ é exatamente isso: o espírito da saga está presente durante os 93 minutos e é acrescido com um suspense psicológico vinculado à questão da falha de moral policial e questões de justiça social na medida certa.
O protagonista Chris Rock – que inclusive ajudou a escrever o roteiro da produção – traz uma atuação boa o suficiente para fazer a série parecer um mais relevante novamente. É visível o tempo todo o quão ele se esforça para sair da zona de conforto ao interpretar o detetive Ezekiel “Zeke” Banks. Claro, uma piada aqui e outra ali existe, porém o comediante só faz uso do humor quando extremamente necessário. E mesmo para quem não conhece a faceta mais séria e dramática do ator (já aviso que será difícil não dar umas risadas ao vê-lo fazendo uma “cara de mal”), o desenvolvimento do personagem é muito bem feito durante a trama e ajuda ele a entregar um papel carismático e que envolve o público.